Já em 1954, Luís da Câmara Cascudo assinalava sua estranheza diante do aparecimento do termo "umbanda" para designar os cultos de origem africanas no Rio de Janeiro, em substituição ao termo "candomblé", como eram conhecidos no Rio e em Salvador, os cultos de origem nagôs (orixás) e os muçulmanos malês (alufás). A demarcação das diferenças entre candomblé, umbanda e macumba permanece uma questão controversa entre os estudiosos e os praticantes dessas religiões. Conforme sugerem as pesquisas da antropóloga Patrícia Birman, que estudou a criação e atualização dos papéis sexuais na umbanda e no candomblé no Rio de Janeiro, as diferentes tradições das religiões africanas no Brasil aparecem entrelaçadas, e o exame de suas práticas nem sempre permite estabelecer diferenças precisas, senão em casos localizados.